sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Minhas palavras (Nino)

Oi a Todos!!

Hoje, no nosso terceiro dia, resolvi escrever dizendo como ando me sentindo. Para vocês todos ficarem por dentro do que acontece e pra eu registrar e lembrar.

 

Bom, é uma viagem. Estamos sozinhos e é por nossa conta. O primeiro dia foi puxado, carregamos 4 malas pesadas e grandes e mais umas bolsas para pegar o trem até Termini e para depois barganhar preços de um taxi. Esse foi o primeiro teste do italiano. Acho que até fui bem. O albergue assustou um pouco, mas motivou para procurarmos o nosso canto. Quanto menos confortável, mais exige que nos mexemos. Agora estamos tranquilos até com o albergue.




Fiquei feliz em ver que posso falar em italiano. A Faeca deu uma grande mão, me incentivando a perguntar as coisas pras pessoas na rua. Em geral são muito simpáticos e tentam ajudar. Normalmente percebem que sou estrangeiro, mas preferem falar em italiano. Gosto disso, evito ao máximo falar inglês. No albergue quase não me deixaram entrar, porque falei em italiano no interfone, mas quem atendeu não fala italiano. :-p

 

No segundo dia fomos fazer a primeira visita a um apartamento. Fomos meio em cima da hora e pouco planejados e não deu outra. Não achei o lugar, ficamos presos no trânsito e tivemos que cancelar a visita. Me senti muito mal, pois o cara tinha dito pra eu ligar antes se não pudesse ir. E acabei ligando 5 minutos depois do combinado. Foi bem difícil pra mim. E em menos de uma hora a gente já tinha outra visita de apartamento marcada, e eu também não sabia chegar.




No desespero telefonei pra pessoa do segundo apartamento e expliquei a situação. O que aconteceu? Ela nos ofereceu carona. Foi lá onde a gente tava, me ligou algumas vezes pra gente se encontrar. Eu mal sabia descrever a minha roupa em italiano (lembrei que é uma das primeiras coisas que aprendemos no curso de italiano). Ela falou que estava com uma calça [??], o que não ajudou muito, porque não entendi que palavra era. Mas nos achamos. É um casal, muito simpático. O apartamento é lindo, mas muito longe. Não vimos isso na hora, era 8 da noite...

 

Hoje, terceiro dia, fomos conhecer a região e concluímos que é longe. A internet é disputada aqui no albergue, então é difícil de se localizar. Agora tentei ver se tinha sinal wireless de algum vizinho... E tem! Temos internet sem fio a vontade! Tem coisas simples que demoramos a fazer.

 

Como me sinto? Exatamente como era pra me sentir numa viagem ao exterior. Altos e baixos o tempo todo. Foi uma euforia marcar o primeiro apartamento no primeiro telefonema. Deu uma tristeza ligar e dizer que não ia ir na visita do apartamento. Adorei ver que posso falar ao telefone em italiano, compreender e ser compreendido (quase sempre). É uma decepção caminhar o dia todo procurando as coisas nos lugares errados. Sei que a Faeca também passa por altos e baixos. E às vezes intercalamos.




Agora já temos um pouco de noção de onde queremos e me sinto mais seguro para ligar para mais pessoas amanhã de manhã. O nosso principal foco agora é o Jornal Porta Portese. Ele é ótimo e tem vários anúncios. Cada vez mais entendo melhor o que os anúncios dizem. As dicas que recebi no Brasil foram muito úteis, pois já comecei o trabalho lá e fui conhecendo as regiões melhor. Agora sei também que ao telefone devo perguntar como chegar lá "con i mezzi" (com os meios de transporte publico).

Procurando apartamentos no Porta Portese

 

Algumas curiosidades:




- pelos lugares que comemos, a comida italiana do Brasil é melhor que a comida italiana da Itália




- a cada pouco existem fontes na rua de onde verte água potável. Para se servir!





- saindo do ônibus no terminal, já tinha um amontoado de gente querendo entrar (e nos empurrando). O guri atrás de mim parou bem no meio da porta e falou: "Voglio scendere, grazie" (quero descer, obrigado).




- as pessoas são prestativas. Se pergunto onde pego o ônibus 053, me perguntam onde quero ir (pra ver se estou pegando ônibus certo)

 

Estamos muito gratos e felizes com a ajuda e simpatia de pessoas como Tina Paterno (brasileira espírita em Roma) e daquelas pessoas que deram carona para nós no apartamento que vimos.

 

Por enquanto é isso.

Abraços, ciao


Nino

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