sábado, 23 de janeiro de 2010

Viagem final do ano 2009 - Parte 8

29/12
Esse dia foi dedicado à cidade de Matera, na região de Basilicata.



Matera é uma das cidades mais antigas do mundo e teve habitantes da pré-história. Várias cenas do filme "A paixão de Cristo" foram gravadas em Matera. 


Matera fez parte da Magna Grecia (grande Grécia), parte do sul da Itália que foi colonizada e povoada por gregos entre os séculos 8 a.C. e 5 a.C.


A parte antiga de Matera é toda de pedra e é onde ficam os Sassi (rochas), descendo por um desfiladeiro.


Esse é o Sasso Barisano. Ao mesmo tempo que Sasso significa rocha, em Matera é, digamos, uma vila esculpida na rocha, com casas na rocha e igrejas na rocha. O outro Sasso de Matera é o Sasso Caveoso, mais pobre e pitoresco.

Chegamos em Matera e fomos direto ao Sasso Barisano, descemos lá embaixo pra procurar lugar pra estacionar. Nada de lugar e quanto mais íamos adiante, mais parecia que depois não ia ter como voltar! E o pior de tudo era que enquanto o Rodrigo manobrava entre carros e casas de pedra, tinha um italiano de carro atrás buzinando de vez em quando. Quando vimos que não adiantava mais ir pra frente, demos um jeito de dar meia-volta. O tal italiano a essa altura tava tentando estacionar o carro onde não podia. Vimos ele manobrando quando voltávamos. Aí ele deixou a gente passar e se botou de novo atrás de nós. ehehehe, só pra fazer pressão. Depois achamos um lugar um pouco mais longe do Sasso.

Ali perto do Sasso nos informamos sobre visita guiada e nos disseram pra ir pro escritório de turismo do outro Sasso, do Sasso Caveoso. Aproveitamos e passamos em um belvedere, um mirante pra ver os Sassi.


O da esquerda é o Sasso Barisano, o da direita é o Sasso Caveoso. Na verdade não é bem claro pra nós onde termina um e onde começa o outro, mas acho que é por aí... Uma das estruturas mais interessantes do Sasso Caveoso é a Igreja Santa Maria de Idris, que na foto acima parece um monte de pedra se erguendo à direita. Esta igreja é uma igreja rupestre, dentro da pedra.


Então vamos andar pelas ruelas desse Sasso.


Dá pra ver que tem muitas pessoas que moram nos Sassi! Bom, o primeiro lugar a visitar foi a tal igreja...



Por dentro essa igreja é bem rústica e tem belos afrescos.





Os Sassi ficam em um penhasco. Do lado oposto tem um outro penhasco, uma montanha com cavernas em rochas. Entre os Sassi e essa montanha, tinha um vale com um riozinho.


Enquanto começava a cair o dia, eram ligadas luzes dentro de algumas cavernas.


Seguimos andando pelo meio do Sasso Caveoso, e é muito interessante como casas foram construídas em meio às pedras.


Ali perto encontramos uma atração bem interessante. Se pode visitar a reprodução de uma dessas casas no meio da pedra. Se chama Casa Grotta.


Foi muito interessante ver como as pessoas viviam. Dá pra ver que essa casa é mesmo esculpida na pedra. Enquanto olhávamos a casa, uma gravação explicava cada detalhe.

A cozinha era bem pequeninha:


Dá pra se dizer que a casa tinha 3 peças: a cozinha, um quarto-sala-celeiro, e uma despensa. No quarto tinha uma máquina de tear:


E como dissemos, o celeiro ficava junto com o quarto, em frente à cama do casal...


O chiqueiro ficava naquela portitnha de madeira ao lado da mula. A despensa tava meio vazia...


Naquele cantinho da direita é onde eles depositavam as fezes dos animais, que fermentavam e eram usadas para aquecer a casa.

A Casa Grotta vista do lado de fora:


Continuamos percorrendo o labirinto do Sasso Caveoso. Da ponta dava pra ver bem os dois Sassi.


Já estava de noite, então fomos procurar o nosso alojamento. Ficamos no Danny's House, um Bed & Breakfast muito simpático. O alojamento é uma parte (isolada) do apartamento de uma família (cuja filha de 5 anos se chama Daniella). Tem dois quartos grandes, cada um com seu banheiro.

Antes de chegarmos no Danny's House, aconteceu um episódio engraçado, ao mesmo tempo que típico. Estávamos no carro procurando a rua do alojamento (Via Cappuccino) e entramos numa rua estreita baseados na placa com o nome (mas o nome era Via I Cappuccino). Na Itália é normal as ruas terem nomes quase iguais. 

Bom, a rua era muito estreita e tinha um carro querendo vir no sentido oposto. O Rodrigo posicionou o nosso carro num canto e o tal italiano veio pra cima com toda a confiança. Aí o Rodrigo também ficou confiante: que o cara ia bater na gente!! O Rodrigo rapidamente engatou a marcha ré e começou a ir pra trás. E o italiano se sentiu mais confiante e parecia que queria esmagar a gente! Até que demos uma buzinada e o cara esperou a gente manobrar direito pra ele passar. Chega a ser engraçado de tão desesperador, porque se o Rodrigo não desse a ré o cara ia ter batido na gente! Nosso herói!! :-)

No alojamento, fizemos uma jantinha com nossas compras do mercado.


Incluímos no cardápio o famoso pão de Matera. Compramos uns pedaços pra experimentar. Bom, ele é aquela coisa em pedaços no prato no canto de baixo da foto. Tá assim cortado porque era duro demais pra comer de um jeito mais normal, como sanduíche. O que a gente comprou era em pedaços de tamanho um pouco maior que do nosso pão cervejinha. Pra acompanhar, tinha queijos (sempre, né?), ricota, tomates secos, tomates frescos, azeite de oliva (e sal), ovomaltine em pasta, presunto (pro Rodrigo) e um pró-seco. Delícia!

Depois de comer bastante e encher as barriguinhas, resolvemos sair pra ir naquela tal montanha das cavernas (que fica do outro lado do vale). De lá se tem belas vistas dos Sassi. Saindo do alojamento, a dona do apartamento nos viu e, pra nos agradar, ofereceu uns bolinhos fritos típicos do natal. Segundo ela, no dia 25 de dezembro se come só os tais bolinhos. Ai, a gente tava de barriga bem cheia e aceitamos alguns bolinhos só pra agradar. Claro que ela insistiu pra gente repetir... Não aguentávamos mais!!!

Pegamos o carro e fomos então para o Parco della Murgia, ver os Sassi de longe.


De noite não se enxergava direito, então retornamos no dia seguinte de manhã, antes de seguir viagem. No dia seguinte também conhecemos um outro belvedere dos Sassi.


De volta ao Parco della Murgia, pudemos ver melhor não só os Sassi, mas também as cavernas que tinha lá.


Nos chamou a atenção também uma igrejinha no meio do nada, no meio da montanha.


É bem legal ver os Sassi a partir da Murgia!


A caminho de uma vista perfeita, passamos por pequenas cavernas nas rochas. A Faeca ficou bem faceirinha!


Enquanto o Rodrigo procurava becos durante a viagem, a Faeca procurava cavernas! Aqui encontramos algumas...


Tiramos várias fotos!


Na foto seguinte aparecem bem os dois Sassi:


Segundo pensamos, o Sasso Barisano ocupa quase toda a foto. Ele é a parte mais clara, à direita, e, digamos, em melhor estado. À esquerda, com cara de mais pobre é o Sasso Caveoso. Dá pra ver como eles se misturam. Aquela rocha grande à esquerda é a tal igreja Santa Maria de Idris, que visitamos. Vejam mais de perto:


A igreja está de costas, não dá pra ver direito. Mas é ali!

E a Faeca continuava em busca da caverna perfeita.


Tirando foto de cada buraquinho na montanha pra depois ver qual era o mais bonito...


E enquanto isso o Rodrigo e a Cibele faziam poses para fotos de calendário.


Encontramos um lugar que dava pra ver mais de perto os Sassi. Na foto abaixo se vê de novo a diferença dos dois Sassi:


E nessa outra foto aparece uma parte mais com cavernas do Sasso Caveoso (que significa "cavernoso"):


Ufa, quantas fotos! E olha que nem colocamos todas aqui no blog...


No próximo post vamos continuar nossas aventuras na cidade de Paestum, que nos deu a impressão de que estávamos na Grécia, e na movimentada cidade de Salerno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário