sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Nós e o Louvre


Olá, hoje vamos falar da nossa visita ao museu Louvre. Mais do que a visita, vamos falar da nossa relação com ele, porque foi uma novela ir pro Louvre.

Os nossos passeios não eram muito bem organizados. Sabíamos quais eram os lugares pra visitar, mas íamos decidindo onde ir meio em cima da hora. Então em um dado momento, perto das 15:00, decidimos ir no Louvre. Pegamos o metrô e chegamos ao Louvre pelo subsolo (e não pela pirâmide, a entrada principal). Depois de nos perdermos um pouquinho, chegamos na entrada, que estava fechada! É, descobrimos que em alguns dias da semana o museu fecha bem cedo da tarde. Nos informamos e descobrimos que no dia seguinte não ia abrir, mas no outro dia sim, e com horário estendido, até o fim do dia.

Bom, só que no dito dia passeamos tanto que quando chegamos no museu já era meio que fim do dia e faltava só meia hora pra fechar. E não queríamos visitar o Louvre em meia hora, então decidimos deixar pra outro dia. Essa foi a segunda vez que fomos no Louvre e não entramos.

No dia seguinte, fomos mais cedo da tarde. E pro nosso espanto, tava fechando bem na hora que chegamos! Pois é, esse dia o horário era reduzido de novo! Ai, que raiva! Mais uma vez não conseguimos entrar... E já ficamos achando que íamos embora sem ver a Mona Lisa.

A gente já não aguentava mais ver aquele saguão...




Mas como o nosso vôo pra Roma foi cancelado, ganhamos mais uma chance. E não desperdiçamos, chegamos cedo o suficiente pra poder aproveitar bem o museu e tarde o suficiente para poder aproveitar a meia tarifa. :)

Bem, o museu do Louvre, como já falamos, é muito grande. Nele estão importantes e famosas obras de arte, assim como artigos menos conhecidos e mais comuns. Se a gente olhasse cada obra e achado que tem lá, a gente ia morrer de cansaço e ia sair sem ter visto tudo. 

Já que a gente tinha batido com a cara na porta do museu 3 vezes, resolvemos planejar bem a nossa visita pra aproveitar bem o tempo. Escolhemos as obras principais que tínhamos mais interesse.


Pra vocês terem uma noção, o Louvre dispõe das seguintes coleções: (1) antiguidades do oriente médio; (2) antiguidades egípcias; (3) antiguidades gregas, romanas e etruscas; (4) história do Louvre; (5) pinturas; (6) esculturas; (7) artes decorativas; (8) impressões e desenhos; (9) artes do Islã; (10) artes da África, Ásia, Oceania e Américas.


Ufa, tem muita coisa! Inclusive muita coisa que não nos interessava (como história do Louvre). Vamos agora contar o nosso passeio por esse grande museu, onde conseguimos ver as coisas mais importantes (pra nós) e demorando pouco mais de 2 horas.


Bem, a obra mais famosa do Louvre é a Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci. Claro que ela fica sempre rodeada de uma multidão de turistas, cada um querendo tirar a sua foto. E nós tiramos a nossa!




Mas interessante mesmo é ficar admirando o quadro com calma, em seus detalhes. O sorriso, os traços masculinos, as diferenças entre as duas metades do quadro...  Esse quadro realmente é uma viagem!


Ali perto paramos para ver outro quadro renascentista: o As bodas de Caná, de Véronèse. O quadro ilustra a festa bíblica em que Jesus transforma água em vinho. A obra mostra uma festa com músicos, vinhos, cachorros e mendigos, com Jesus sentado em uma mesa ao centro.




Gostamos também de um quadro de Bonaparte cavalgando nos Alpes (no quadro parece um pobre coitado...)




Vimos também a escultura Vitória de Samotrácia, que representa a deusa grega Nice.




A escultura escravo rebelde de Michelangelo também é interessante, mas não se compara ao David, em Florença.




Mas achamos mais linda a Psiquê revivida pelo beijo de Eros, de Canova. A leveza da escultura e a sua suavidade são de impressionar.




Menos impressionante, mas mais famosa, é a Vênus de Milo, uma estátua grega representando a deusa do amor Afrodite (Vênus é o seu nome romano).




Depois de apreciar as esculturas greco-romanas, nos dirigimos à seção egípcia, que superou as nossas expectativas. Vimos esfinges:




uma estátua do rei Ramesses II:




brincamos com alguns deuses egípcios:




e vimos sarcófagos, muitos sárcofagos:




Eu sei que olhando assim, no blog, pode não ser muito interessante. Mas vendo essas coisas de perto, cheio de desenhinhos e escritas..... Aí é diferente. Tipo, percebemos que dentro de alguns sarcófagos tem um moooonte de coisas escritas. Será que era pra criatura ler depois de morta? Olhem nesse túmulo egícpio, abaixo dos desenhos, letrinhas e mais letrinhas:




Logo após a área de antiguidades egícpcias, chegamos às antiguidades orientais, onde encontramos o famoso Código de Hamurabi. Esse é um dos primeiros códigos escritos do mundo (aproximadamente 1760 a.C.), e é baseado na Lei de Talião (olho por olho, dente por dente).




Vejam que no topo da pedra está representado Hamurabi, recebendo as leis de um Deus da Babilônia. E por toda a pedra estão escritas 3600 linhas de leis:




Alguns exemplos desse rigoroso código:


- Se alguém ferir uma mulher grávida, fazendo com que ela aborte e morra, a filha do agressor deverá ser condenada à morte.
- Se um filho atinge o pai, suas mãos devem ser cortadas.
- Se alguém comete um assalto e é pego, ele deverá ser condenado à morte.
- Se um paciente morre durante uma operação mal sucedida, o braço do cirurgião deve ser cortado. (se cuida, Ducho!)


Achamos interessante também um vitral onde aparece um rei francês saudando Leonardo da Vinci em seu leito de morte:




Nosso passeio pelo Louvre terminou com a visita aos Apartamentos de Napoleão III. Pra ser sincero, não sabíamos bem o que estávamos indo ver, chegamos a achar que eram pinturas dos tais apartamentos. Mas não, são salas decoradas, onde realmente eram os ditos apartamentos. E são realmente impressionantes.


Antes de tudo lembremos que onde hoje é o Louvre, antigamente era a sede governamental da monarquia francesa. Esta parte do museu mostra como era parte do palácio do governo.


A primeira sala era bonita, com um belo lustre, uma bela lareira e com dourados por tudo...




E enquanto andávamos às próximas salas, os dourados se multiplicavam e os lustres aumentavam de tamanho...




Olhem o teto:




E o luxo foi aumentando...






Que tal uma refeição junto de uma obra de arte?




E, por fim, a sala de banquetes:




Ficamos muito impressionados com esses apartamentos, não pela beleza, mas pelo excesso de luxo. Chegava a dar um aperto no peito de ver tanto dourado, tanto lustre, tanto tapete tamanho gigante, pinturas, sofás... É o tipo de coisa que não cabe na nossa cabeça, de tão exagerada. Esses apartamentos são como um retrato do absolutismo europeu.


Ufa, cansamos um monte, mas conseguimos ver bastante coisa, e coisas bem diferentes!


Ah, e acalmem-se... Tem mais um post da nossa viagem!! Até!

Um comentário:

  1. Nossa, vendo esses quartos exageradamente luxuosos da pra entender por que o povo frances se rebelou e fez a revolucao francesa, ne?

    Muitos legais essas fotos.

    Pra mim a parte que mais interessa é a de historia antiga. Eu lembro de ter estudado o codigo de Hamurabi. Que viagem!

    Beijos e abracos,
    Rodrigo (e Cibele)

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