Vamos falar mais de Paris. Muitos dizem que o problema de Paris são os parisienses. E pelo que notamos isso não está muito fora da realidade. Em geral os parisienses são grossos, não gostam muito de turistas e se negam na medida do possível a falar inglês. Bem, assim eu (Nino) pude arranhar um pouco de francês e aprender algumas palavrinhas novas...
Quando estou aprendendo uma língua, o mais fácil normalmente é pedir comida (também o mais necessário). "Ein baguette fromage, ein croissant chocolate et ein coca cannete si vous plais. A porteur." Claro que eu sempre cometia erros (inclusive ao escrever a frase acima), mas ao imitar um sotaque francês (coca = cocá) e ao falar palavras parecidas eu conseguia me fazer entender. E é claro que eles respondem em francês (e nem sempre eu entendia). As primeiras vezes foram difíceis, mas fui pegando o jeito.
Mas nem todos parisienses são esnobes. O pessoal do hotel, por exemplo, era bem simpáticos. Não se importavam em falar inglês, mas gostavam quando arriscávamos um francês (que ficava detido às saudações e ao número do quarto).
Aos curiosos, ficamos no Hotel Rivoli, um hotel que não tem site na internet e que é bastante frequentado por franceses. É bem simples, bem localizado e barato (para os padrões de Paris). A reserva tem que ser feita à moda antiga: por telefone. Eles não falam bem inglês, mas se esforçam. Vista do hotel:
Quanto aos padrões de Paris... Tudo é caro. Acomodação, metrô, alimentação... Mas um lugar que gostávamos de ir para jantar é um bairro chamado quartier latin. A dica foi do Rodrigo (meu cunhado), que marcou a localização aproximada num mapa. A gente foi lá e estranhou a calmaria e custou a encontrar os restaurantes movimentados que ele nos tinha descrito ainda em Bruxelas. Até que entramos em umas ruazinhas e de repente...
O quartier latin é assim. Um restaurante do lado do outro e várias pessoas caminhando no meio, principalmente estrangeiros. São umas cinco quadras assim, cheio de gente comendo, indo e vindo. Se tu espicha o olho pra um lugar já aparece um garçom te convidando pra entrar, explicando o que tem pra comer ou tentando adivinhar de onde tu vem pra te convencer no teu próprio idioma.
Quase todas as noite jantamos lá. O preço é bem aceitável e se chegar antes de anoitecer pode pegar uma promoção melhor. Comemos num restaurante italiano, num fast food vegetariano e num restaurante indiano (com direito a comida apimentada). Nada de francês, já que não achamos opções vegetarianas interessantes.
Num dos restaurantes italianos, era engraçado de ver... Enquanto a gente comia, se alguém parava para olhar o cardápio do restaurante, vinha o garçom falar, com um sotaque estranho: "pidza, pasta, salad". E era sempre a mesma coisa. Às vezes ele acrescentava "Yes? You like?". Coitado, era basicamente isso que o restaurante oferecia: pizza, massa e salada. Vai falar o quê?
Pra quem prefere fazer farofa, descobrimos que em Paris é super comum as pessoas comprarem umas comidas, uma garrafa de vinho (ou champagne) e sentar no chão, à beira do rio Sena. É muito comum ver amigos no fim do dia ou à noite fazendo um lanche ou um jantar às margens do rio. Tem gente que até leva uma vela pra criar um climinha...
Mas o que achamos interessante foi caminhar na Pont Neuf (ponte nova), a ponte (apesar do nome) mais antiga de Paris sobre o rio Sena. Tão antiga que não passam carros. Então ao cair do dia as pessoas aproveitam e tomam contam da ponte, fazendo vários grupos de farofeiros, que vão de 2 a 15 pessoas!
Achamos bem legal! E este é um dos programas que aconselhamos a quem for a Paris: juntar a turma (nem que sejam só 2) e fazer uma jantinha na Pont Neuf.
Aliás, a fama de Paris ser romântica não é à toa. Bem, durante o dia, a cidade pode ser um pouco dura, principalmente pra quem caminhou feito louco sob o sol como nós. Mas à noite ficamos impressionados e entendemos qual é esse romantismo. Eis algumas fotos:
Catedral de Notre Dame:
Hotel de Ville (prefeitura) de Paris:
Palácio da Justiça:
E pra completar o clima de romantismo, uma boa música ao vivo à beira do Sena (só faltou dançarmos!):
Aliás, este é outro programa que aconselhamos: assistir um artista tocando à beira do Sena. Esse carinha nós vimos quase todos os dias. Ele toca num lugar bem na frente de dois bancos, onde o pessoal aproveita e senta. Os mais envergonhados podem sentar do outro lado da rua.
Bom, mas tem uma imagem que é imperdível à noite:
Ficamos um bom tempo admirando a torre até que uma hora começaram a piscar várias luzes na torre. Muito bonito! Na hora foi um "ooooh" geral!
Outro lugar que visitamos foi o cemitério Pere Lachaise, um cemitério onde estão enterradas algumas pessoas famosas. Tem até um mapa na entrada do cemitério pras pessoas se localizarem. O motivo da nossa ida lá foi conhecer o túmulo de Allan Kardec, o decodificador da doutrina espírita.
O túmulo é simplíssimo, mas lotado de flores. Dizem que é assim durante todo o ano. O túmulo é bastante visitado por brasileiros.
Reparem a simplicidade do túmulo perto dos outros:
Pesquisando na internet antes de irmos a Paris, a Faeca descobriu o endereço do prédio onde Allan Kardec realizou seus estudos por muitos anos. Hoje, pouquíssimos conhecem sua história. O endereço é: Rue Sainte-Anne, 59.
Ninguém entendia porque a gente tanto tirava foto daquele prédio.
Bem, pessoal... Tem mais coisas ainda pra falar de Paris (na verdade, só do Louvre). Vocês devem estar se perguntando: "como deu tempo de ver tanta coisa?" Bem, senta que lá vem a história...
Dois dias antes da nossa partida pra Paris, paramos pra pedir uma informação a um casal. Aí descobrimos que eram brasileiros e ficamos conversando um tempo. Bem, conversa vai, conversa vem, e eles disseram: "vocês viram que parece que vai estourar uma greve no sábado?". Ih, sábado era bem o dia do nosso vôo pra Roma. Então depois da conversa resolvemos nos informar e descobrimos que era uma greve geral de transportes na França, incluindo o transporte aéreo. Olhamos o nosso email e descobrimos que o nosso vôo havia sido cancelado. Aiai, depois de recuperar a calma remarcamos o vôo para segunda-feira. Depois, com a ajuda da Cibele descobrimos os nossos direitos de reembolso das despesas dos dois dias que ficamos a mais em Paris.
Então aproveitamos esse tempo a mais para descansar um pouco os pés (de tanto caminhar) e para fazer mais uns passeios.
No próximo post, vamos falar dos nossos encontros e desencontros com o Museu do Louvre. Até lá!
Adoreeeeei toda a história sobre a viagem a Paris. Despertou mais ainda minha vontade em conhecer essa cidade maravilhosa. Vocês estão lindos e super felizes dá para perceber isso em todas as fotos e eu fico mais ainda em vê-los assim.
ResponderExcluirMilll beijoos, muitas saudades!!!