Resolvemos aproveitar o feriado de 01/11 e fazer uma pequena viagem pela Itália, alugando um carro e conhecendo algumas cidades menores, mas interessantes.
Pensamos bastante em pra onde ir, lemos o nosso guia, pesquisamos na internet, pedimos conselhos... E depois de mudar 2 vezes de roteiro, decidimos visitar o interior do Lazio (Lácio, a região italiana onde está Roma). Entre as atrações planejadas estavam cidades medievais, praias, grutas, parques e jardins.
Um aspecto importante dessa viagem é que foi a primeira vez que alugamos um carro. Foi o Nino no volante e a Faeca de copiloto, com os mapas, indicando pra onde ir. Nos perdemos algumas vezes, mas foram perdidas pequenas e logo nos achamos.
Como era o nosso primeiro aluguel, pegamos vários conselhos com o Rodrigo e a Cibele e fomos, bem cautelosos, pegar o carro. Íamos fazer o seguro total, mas percebemos que não era necessário (isso depende muito da empresa onde se aluga o carro). Nos deram a chave, assinamos os contratos e fomos pra garagem pegar o carro.
Ele estava todo sujo por fora, não gostamos muito. Na dúvida, voltamos ao balcão da Europcar e comentamos isso. A mulher disse que era normal, o importante era estar limpo dentro. Ok. Pegamos e andamos um pouco e estranhamos um barulho na roda: trum, trum, trum. Ah não... Nossa primeira viagem dirigindo um carro e vai que dá um problema. Vamos lá falar com o pessoal da locadora.
Voltamos e explicamos. As atendentes pensaram um pouco e não tiveram dúvida. Troca de carro. Nem precisava olhar ou ouvir. O outro carro estava mais limpinho. Então ao girar a chave vimos que o tanque não estava cheio... Pior, estava em 1/8, o ponteiro bem pra esquerda. Num salto o Nino pulou do carro e foi lá de novo falar com a atendente. Explicou, ela estranhou, mas marcou no contrato sem ao menos verificar. Dessa forma podíamos entregar o carro com o tanque em 1/8 em vez de cheio.
Já saindo do estacionamento paramos num posto de gasolina. O posto era self-service: tu põe o dinheiro numa máquina, escolhe o número da bomba e tu mesmo enche o tanque. E foi o que fizemos. E mal começamos a encher a bomba já trancou! Ué, mas o tanque tá vazio, o que que essa bomba tá trancando? Bom, a gasolina tá paga, vamos dar um jeito de por pra dentro! E a bomba continuava travando. Ah, deve estar com problema, essa porcaria. E mete-lhe gasolina. Bem, aconteceu o que todos vocês estão prevendo (só os cabeçudos aqui não preveram). Começou a vazar gasolina: o tanque estava cheio!
Mas como pode? Tá cheio! E perdemos dinheiro, porque não usamos nem metade da gasolina que pagamos! Putos da cara pegamos o carro e voltamos à locadora (era ali do lado). Chegamos reclamando que o marcador de gasolina estava marcando errado. Marcava 1/8 e depois de superlotarmos estava marcando VAZIO!
Nem o matemático conseguiu decifrar o enigma, mas a atendente conseguiu: "Senhor, o ponteiro à esquerda marca tanque cheio, e à direita tanque vazio. Onde está o F está cheio, F de Full; E de Empty!" :D
Que mancada! No nervosismo de tanto ir e voltar à locadora, olhamos o marcador do tanque ao contrário, e nem nos demos por conta! Não dá nem pra acreditar nisso...
Depois de darmos muita risada e de lamentarmos o dinheiro perdido, nos acalmamos e nos preparamos para a viagem. Tínhamos pego o carro à noite, para viajar no dia seguinte de manhã. O carro, um Fiat Panda, é bem levinho de dirigir. Tem direção hidráulica em duas modalidades (cidade e estrada), toca CD de MP3, ar condicionado... Tem até um botão que desembaça o vidro em 5 segundos!
A primeira cidade que visitamos foi Alatri. No caminho se enxerga a cidade em cima de um morro, dá até pra ver a atração principal: a muralha:
Na praça central fica a igreja de Santa Maria Maggiore:
Como toda cidade medieval que se preze, Alatri tem seus bequinhos charmosos:
O motivo da nossa visita a Alatri é de ver a acrópole, que fica cercada por estensas e altas muralhas, chamadas muralhas cilcópicas. O nome se deve ao fato de antigamente acreditarem que tinham sido erguidas pelos lendários ciclopes. Alatri é uma cidade que já existia antes do império romano, povoado pelos hérnicos.
A tal muralha é realmente grande. Chega a ter 3 metros de altura e 2 quilômetros de extensão.
Atravessamos a muralha e subimos até a acrópole pela Porta Maggiore:
A acrópole estava com várias árvores com folhas amareladas do outono. Aqui na Europa as estações do ano são bem caracterizadas. No outono são bastante presentes as folhas amarelas e vermelhas.
Huuumn , que lugar romântico!
Da acrópole se enxerga os belos morros ao redor de Alatri.
De Alatri pegamos estrada e fomos em direção à gruta de Pastena. A gente nem sabia dessa gruta, foi alguns dias antes de viajar que a Faeca descobriu essa atração bem no caminho que íamos fazer. E foi talvez a parte mais interessante da viagem.
A gruta (que na verdade é um complexo de grutas) foi formada pela erosão da água na montanha.
A visita à gruta é feita com um guia e dura uma hora. Infelizmente não se pode tirar fotos dentro da gruta, só de fora ou na entrada.
As fotos que seguem pegamos da internet. Logo que entramos no complexo nos deparamos com um lindo lago azul. Em dias de chuva, a água escoa pelo salão de entrada e termina no lago, formando uma pequena cascata. O tempo estava lindo, então não presenciamos a cascata, só o lago. A foto da internet inclui a cascata.
Enquanto o belo lago azul nos maravilha sob os pés, as estalactites despontavam no teto, pingando água a cada pouco. Os italianos diziam "piove", pois realmente era como se estivesse chovendo. As estalactites ali eram um pouco diferente do que imaginamos. Em vez de serem finas e pontudas, eram mais grossas e arredondas, ás vezes formando desenhos e texturas.
A propósito, as estalactites (do teto) e estalagmites (do chão) estavam presentes em quase todo o passeio.
Em vários momentos a guia comparava as formações curiosas com objetos. A foto de cima é da sala do chorão, onde uma estalagmite se une a uma estalactite, ficando parecido com essa árvore.
Em outra sala parece haver uma cabeça de um elefante:
Em alguns lugares, tinha tantas estalagtites que a gente precisava se abaixar e ir se enfiando pra passar.
É óbvio que toda essa iluminação é artificial. Mas é interessante que com o calor se formou limo bem onde as lâmpadas iluminam. Assim aparece o verde, em meio ao cinza das rochas e ao brilho conseqüente do depósito de calcita.
Em meio às estalactites se pode ver morcegos. Tem até uma sala da gruta chamada "sala dos morcegos". Em outra sala a guia nos mostrou um monte de excrementos desses bichos!
Visitar esse complexo de grutas foi super interessante. Fez a gente se sentir dentro de um filme de aventura, cuidando pra não bater a cabeça e pra não resvalar no chão molhado pela chuva constante dos subsolos.
Mais fotos, mais informações e um pequeno vídeo estão disponíveis no site oficial da gruta:
http://www.grottepastena.it/
Após visitar as grutas, pegamos de novo a estrada. O trajeto foi pelo meio das montanhas, subindo e descendo, passando pelo meio dos vales. Essa parte da viagem foi linda, com a natureza marcada pelas cores do outono.
O próximo destino era Gaeta, à beira-mar. Uma mudança de paisagem para novas aventuras... em breve!
Mas como pode? Tá cheio! E perdemos dinheiro, porque não usamos nem metade da gasolina que pagamos! Putos da cara pegamos o carro e voltamos à locadora (era ali do lado). Chegamos reclamando que o marcador de gasolina estava marcando errado. Marcava 1/8 e depois de superlotarmos estava marcando VAZIO!
Nem o matemático conseguiu decifrar o enigma, mas a atendente conseguiu: "Senhor, o ponteiro à esquerda marca tanque cheio, e à direita tanque vazio. Onde está o F está cheio, F de Full; E de Empty!" :D
Que mancada! No nervosismo de tanto ir e voltar à locadora, olhamos o marcador do tanque ao contrário, e nem nos demos por conta! Não dá nem pra acreditar nisso...
Depois de darmos muita risada e de lamentarmos o dinheiro perdido, nos acalmamos e nos preparamos para a viagem. Tínhamos pego o carro à noite, para viajar no dia seguinte de manhã. O carro, um Fiat Panda, é bem levinho de dirigir. Tem direção hidráulica em duas modalidades (cidade e estrada), toca CD de MP3, ar condicionado... Tem até um botão que desembaça o vidro em 5 segundos!
A primeira cidade que visitamos foi Alatri. No caminho se enxerga a cidade em cima de um morro, dá até pra ver a atração principal: a muralha:
Na praça central fica a igreja de Santa Maria Maggiore:
Como toda cidade medieval que se preze, Alatri tem seus bequinhos charmosos:
O motivo da nossa visita a Alatri é de ver a acrópole, que fica cercada por estensas e altas muralhas, chamadas muralhas cilcópicas. O nome se deve ao fato de antigamente acreditarem que tinham sido erguidas pelos lendários ciclopes. Alatri é uma cidade que já existia antes do império romano, povoado pelos hérnicos.
A tal muralha é realmente grande. Chega a ter 3 metros de altura e 2 quilômetros de extensão.
Atravessamos a muralha e subimos até a acrópole pela Porta Maggiore:
A acrópole estava com várias árvores com folhas amareladas do outono. Aqui na Europa as estações do ano são bem caracterizadas. No outono são bastante presentes as folhas amarelas e vermelhas.
Huuumn , que lugar romântico!
Da acrópole se enxerga os belos morros ao redor de Alatri.
De Alatri pegamos estrada e fomos em direção à gruta de Pastena. A gente nem sabia dessa gruta, foi alguns dias antes de viajar que a Faeca descobriu essa atração bem no caminho que íamos fazer. E foi talvez a parte mais interessante da viagem.
A gruta (que na verdade é um complexo de grutas) foi formada pela erosão da água na montanha.
A visita à gruta é feita com um guia e dura uma hora. Infelizmente não se pode tirar fotos dentro da gruta, só de fora ou na entrada.
As fotos que seguem pegamos da internet. Logo que entramos no complexo nos deparamos com um lindo lago azul. Em dias de chuva, a água escoa pelo salão de entrada e termina no lago, formando uma pequena cascata. O tempo estava lindo, então não presenciamos a cascata, só o lago. A foto da internet inclui a cascata.
Enquanto o belo lago azul nos maravilha sob os pés, as estalactites despontavam no teto, pingando água a cada pouco. Os italianos diziam "piove", pois realmente era como se estivesse chovendo. As estalactites ali eram um pouco diferente do que imaginamos. Em vez de serem finas e pontudas, eram mais grossas e arredondas, ás vezes formando desenhos e texturas.
A propósito, as estalactites (do teto) e estalagmites (do chão) estavam presentes em quase todo o passeio.
Em vários momentos a guia comparava as formações curiosas com objetos. A foto de cima é da sala do chorão, onde uma estalagmite se une a uma estalactite, ficando parecido com essa árvore.
Em outra sala parece haver uma cabeça de um elefante:
Em alguns lugares, tinha tantas estalagtites que a gente precisava se abaixar e ir se enfiando pra passar.
É óbvio que toda essa iluminação é artificial. Mas é interessante que com o calor se formou limo bem onde as lâmpadas iluminam. Assim aparece o verde, em meio ao cinza das rochas e ao brilho conseqüente do depósito de calcita.
Em meio às estalactites se pode ver morcegos. Tem até uma sala da gruta chamada "sala dos morcegos". Em outra sala a guia nos mostrou um monte de excrementos desses bichos!
Visitar esse complexo de grutas foi super interessante. Fez a gente se sentir dentro de um filme de aventura, cuidando pra não bater a cabeça e pra não resvalar no chão molhado pela chuva constante dos subsolos.
Mais fotos, mais informações e um pequeno vídeo estão disponíveis no site oficial da gruta:
http://www.grottepastena.it/
Após visitar as grutas, pegamos de novo a estrada. O trajeto foi pelo meio das montanhas, subindo e descendo, passando pelo meio dos vales. Essa parte da viagem foi linda, com a natureza marcada pelas cores do outono.
O próximo destino era Gaeta, à beira-mar. Uma mudança de paisagem para novas aventuras... em breve!
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