Nesse post vamos continuar no dia 26/12 e contar as nossas aventuras conhecendo um castelo e tentando escolher a comida num restaurante sem o menu!
Depois de andar pelo Gargano e parar bastante o carro pra tirar fotos, seguimos viagem em direção a Barletta, onde passamos a noite.
Mas não poderíamos deixar de visitar o misterioso Castel del Monte, um castelo que fica sobre um monte e é visível a quilômetros de distância.
Felizmente o castelo fica aberto também no começo da noite e pudemos conhecê-lo, mesmo depois de escuro.
Deixa eu explicar o tal mistério. A Cibele leu o que um guia deles falava sobre o castelo. Dizia que ninguém sabe por que foi construído, pois não fica e nenhum cruzamento estratégico, não tem cozinha nem estrutura militar. Ficamos bastante curiosos... Até que resolvemos ler o nosso guia:
"O imperador Frederico II usava seus castelos como pavilhão de caça. Afastava-se da vida na corte, levando seus falcões e livros."
Aiai, estragou todo o mistério. Era um lugar pro tal imperador tirar férias... A explicação do guia deles era bem mais divertida e interessante... Pelo menos sobrou o enigma da ausência da cozinha pra se esclarecer...
Bom, apesar do seu mistério ter sido desvendado, o castelo é bem interessante. Ele é super grande, e pudemos visitar seu interior quase que por completo. O castelo, do século 13, está também bem preservado.
Para entrar no castelo tinha que comprar ingresso. O ingresso era 3 euros por pessoa. Estudante tinha direito a meia entrada. Então o Nino perguntou se ele poderia ser considerado estudante, pois fazia doutorado em Roma (na Itália normalmente estudantes só ganham desconto se têm no máximo 26 anos). O cara da bilheteria perguntou se eram todos estudantes, e fomos sinceros: só o Nino estava estudando! E não teve dúvida: cobrou preço de estudante para todos nós!
Ahahaha... Essa Itália... Segundo a Cibele e o Rodrigo, isso é uma coisa que jamais aconteceria na Holanda. :-)
Como dá pra ver na foto, ele tem uma formato bem geométrico. O salão central é octogonal e com uma abertura imensa no teto.
É, eu sei que a foto não tava muito boa, mas a ideia é ilustrar o que escrevemos. Lá em cima do tal monte onde fica o castelo venta muito. Nessa sala central também ventava um monte, por causa da abertura do teto, mesmo as paredes do castelo sendo bem altas!
O castelo tem dois andares. Pra subir ou descer tem escadas em duas das oito torres que se destacam nas pontas.
Cada piso do castelo tem oito salas. Algumas salas do andar de cima tinham um espaço que parecia ter servido como lareira.
Explorando o castelo, encontramos até um banheiro!
Foi uma visita muito interessante!
Depois do castelo, nos fomos a Barletta. Nos acomodamos no hotel ou, melhor dizendo, no Bed & Breakfast (cama e café da manhã), chamado La Disfida di Barletta. Fomos recebidos muito bem e os quartos são bem bonitinhos. Pena que o segundo banho da manhã de cada quarto teve que ser frio. Brrrrrr... E pena também que o café da manhã era num bar que, por ser 26/12, não tinha muita coisa a oferecer. Neste dia conhecemos a colazione italiana: um cappuccino (café com leite) e um cornetto (um bolinho que tenta imitar um croissant). E só. Mas felizmente podíamos comer à vontade no tal barzinho que estava incluso na diária...
O nome do hotel tem um motivo. Em 1503 franceses e espanhóis lutavam pelo domínio da península italiana. Um dos franceses capturados em uma batalha ofendeu o valor e a coragem dos cavaleiros italianos em um banquete e propôs um desafio. Esse desafio foi aceito e no dia 13 de fevereiro de 1503, 13 cavaleiros italianos enfrentaram 13 cavaleiros franceses. A competição durou o dia inteiro e os cavaleiros italianos retornaram vitoriosos a Barletta. No mês de fevereiro de todo o ano a cidade de Barletta relembra o desafio ganho e um festival chamado La Disfida di Barletta.
Pedimos para o pessoal do hotel um conselho sobre onde jantar. Uns minutos depois apareceram eles com um cartão de um restaurante com reserva marcada! Disseram que é um ótimo lugar pra se comer nos deu uma ideia do preço de uma refeição completa, com entrada, primeiro prato, segundo prato, sobremesa e vinho. Ficamos um pouco sem saber o que dizer, mas aí eles disseram que se a gente não quizesse ir, não tinha problema. Tínhamos visto um outro restaurante no guia e poderíamos comer lá também.
Fomos conhecer um pouco a cidade (não passeamos muito porque chovia) e vimos que a nossa outra opção de restaurante estava fechada. Então fomos jantar nesse aconselhado pelo hotel, mas com a ideia de não comer tudo aquilo que ele disse (e pagar bem menos do que ele previu).
Chegamos e explicamos quem éramos. Bem, eles já tinham todo o jantar planejado pra nós. E disseram que não tinha com o que preocuparmos, estava tudo convenzionato. Como assim? Decidiram o cardápio pra gente? Não queremos comer tanto...
Então começamos a tentar decidir o que comer, mas eles não tinham um menu pra nos mostrar. O chef veio e começou a sugerir opções: uma entrada di mare (frutos do mar) com um pouco di terra (ricota, legumes). Aí o Nino perguntou pra Cibele: "E aí, a gente vai comer uma massa?". O chef já saiu decidindo: "então uma massa de frutos do mar pra eles, uma de legumes pros vegetarianos..."
Aiai, foi uma viagem! A gente pensando em voz alta e o chef tentando já decidir tudo e começar a cozinhar... Mas apesar de toda a confusão, ele era bem simpático e nos atendeu bem. No fim concordamos em comer só as entradas e um primo piato pra cada um. Quanto ao preço, o chef disse pra gente "não se preocupar". Iiiih...
Viram que bonito as paredes do restaurante, bem rústicas?
A comida estava bem gostosa. A massa de legumes era na verdade de espinafre, mas tudo bem... Depois de comermos, o chef perguntou da sobremesa. Com medo da conta e sem saber se íamos gostar, pedimos uma para todos. O nosso amigo chef já trouxe garfos pra todos:
Desde que começou a viagem, a Cibele estava louca pra comer azeitonas da região. O sul da Itália é um grande produtor de azeitonas e há muitas plantações de oliveiras por aqui. Adivinhando o desejo da Cibele, o chef trouxe umas azeitonas locais. Que delícia!! Eram graúdas, bem carnudas. Segundo o chef, a salmoura é temperada com um pouco de erva-doce, que dá um gosto especial. As azeitonas tinham uma cor verde claro, eram lindas!
Depois ele trouxe mais azeitonas. Ele nos disse que as primeiras eram industrializadas e que estas últimas eram de produção própria. Além da salmoura, elas eram também defumadas. Muito boas também, mas eram menores que as outras e bem mais escuras.
A Cibele ficou realizada!
Barletta é uma cidade bastante simpática, a não ser pelo fato de que não conseguimos dormir aquela noite pelo excesso de barulho. No dia seguinte de manhã fomos conhecer melhor a cidade (sem chuva) e demos uma olhada no seu castelo (só lembramos de tirar foto de dentro do carro, quando estávamos saindo da cidade).
Na parte 4, continuaremos a viagem por algumas cidades litorâneas, onde se mistura a beleza histórica com a beleza natural.
Vital e Faeca, muito legal o relato de voces, tem tanta coisa descrita, que se a gente nao estivesse estado la com voces pra comprovar, a gente ia pensar que voces estavam aumentando ou inventando um pouquinho, hehehehe.
ResponderExcluirVale lembrar que o Castel del Monte e uma estrutura tombada como patrimonio da humanidade pela UNESCO e "estampa" o verso da moeda de 1 centavo de euro italiana.
Um abraco,
Rodrigo e Cibele
QUERIDOS !
ResponderExcluirFIQUEI MUITO CURIOSO PRA SABER QUANTO CUSTOU O BANQUETE, SERIAM INFORMAÇOES IMPORTANTES PRA NOS DAQUI DESTE LADO SABERMOS QUANTO CUSTAM AS COISAS :DIARIAS DE HOTEIS , GASOLINA ETC, DESCULPE A CHATICE . COISAS DE PRIMO .....
ABRAÇOS . CONTINUEM POSTANDO ... ESTAMOS ACOMPANHANDO ANSIOSOS , ABRAÇOS
FLAVIO COLOMÉ ,