domingo, 10 de janeiro de 2010

Viagem final do ano 2009 - Parte 4

Antes de continuar os relatos, umas observações sobre o post anterior. O Euro é utilizado por vários países da União Europeia, mas o verso de cada moeda de Euro é personalizado de acordo com o país. A moeda é aceita em qualquer outro país que adotou o Euro, mas o seu verso indica de onde veio a moeda. Na Itália normalmente encontramos moedas italianas, mas muitas vezes vemos também moedas da Bélgica, Alemanha, França etc. O site www.eurocoin.co.uk mostra como são as moedas dos diferentes países.

Como foi lembrado pela Cibele e pelo Rodrigo, o verso da moeda de 1 centavo de Euro italiana mostra a figura do Castel del Monte:

Eles também nos lembraram que a UNESCO tornou o Castel del Monte um patrimônio histórico da humanidade.

bom, retornemos agora aos relatos...

27/12:
Nesse dia saímos de manhã de Barletta em direção a Alberlobello, outro patrimônio histórico da humanidade. No caminho paramos em algumas cidades com centro histórico à beira do mar.


A primeira parada foi em Trani.


A parte de Trani que visitamos foi onde fica uma igreja e um castelo, ambos à beira-mar. A igreja é do século 12, e o castelo é do século 13.




Visitamos a igreja. Gostamos do seu estilo, simples e rústica. Tinha um pé-direito bem alto.


Não ficamos muito tempo. Seguimos caminho e paramos em Molfetta.


Assim como Trani, Molfetta tem um centro histórico à beira-mar. Passeamos pelo centro histórico e um pouco pela cidade.



Assim como Trani, o que gostamos de Molfetta foi essa mistura de história (com castelos medievais e muralhas) e natureza (mais especificamente o mar).


Voltamos à estrada e logo fizemos mais uma parada: em Polignano a Mare. No nosso roteiro de viagem tinha escrito: "Parar em Polignano a Mare para tirar uma foto da cidade do penhasco de pedra sobre o mar." E foi por isso que paramos: para tirar uma foto. Na verdade tiramos várias, mas do mesmo penhasco.


Realmente, é um lugar lindo pelo qual vale a pena fazer uma parada. Ficamos um bom tempo lá admirando e tirando fotos...


Reparem na cor do mar: azul-turquesa!


Quando estava escurecendo, chegamos na cidade de Alberobello. O motivo da visita era as curiosas casas trulli.


Um trullo é uma espécie de casa em forma circular, feita de pedras e calcário (sem argamassa). O seu telhado é em forma de cone, feito de várias pedras baixinhas (chamadas chianche) e às vezes está decorado com símbolos religiosos, pagãos ou mágicos.


No nosso guia diz que é desconhecida a origem dos trulli. Mas descobrimos no site da cidade a sua história. Camponeses começaram a habitar aquela região por volta do século 16. Eles receberam autorização para construir suas residências do condado dono daquela região. Mas os impostos (ao rei) para se iniciar um novo centro urbano eram muito altos naquela época, então o condado e os camponeses entraram em acordo para ninguém pagar as taxas ao rei. Os camponeses poderiam construir suas casa "a seco", de modo que se viesse uma inspeção real, elas poderiam ser facilmente derrubadas. Assim nasceram os trulli e a vila que se formou existiu em condições precárias por muito tempo, até que em 1797 conseguiram a liberdade através de um decreto do rei Ferdinando IV (dos Bourbons).

A cidade de Alberobello está tomada por vários e vários trulli


É bem interessante e, é claro, a cidade é um grande ponto turístico. Se vê muitos estrangeiros aqui, andando pelas ruas e conhecendo as lojas de souvenirs ou de produtos locais, que funcionam dentro de casas trulli.

Nós estacionamos na rua principal e tinha trulli pros dois lados. O primeiro lado que fomos era mais calmo e com menos turistas. Nesse mesmo lado tinha uma espécie de museu a céu aberto. Era como uma representação de uma pequena vila de trulli, mostrando o modo de vida das pessoas.


A gente podia caminhar nas ruas, em meio aos trulli e os artigos do cenário, enquanto tocava uma musiquinha em caixas de som. Foi bem interessante! Alguns trulli tinham móveis, mostrando como eles poderiam ser usados como casa:


O engraçado era que ao mesmo tempo que os trulli faziam parte do museu a céu aberto, tinha também pessoas morando neles, que nos espiavam pelas janelinhas, ou que víamos que estavam olhando TV... ehehe

Depois fomos para o outro lado, onde tinha mais turistas e mais lojinhas trulli. Um destaque desse outro lado era uma igreja trullo, a Paróquia Santo Antônio de Pádua.


Essa paróquia é mais recente (1927), mas foi construída também utilizando a técnica trullo.


Bem, o dia não parou por aí. De lá fomos para a cidade de Cisternino, passando por Locorotondo. Dormimos em Cisternino, mas tem tanta coisa pra falar dessa noite que vamos contar no próximo post...

Nino e Faeca

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