sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um fim-de-semana na Bélgica - Bruxelas

No final de semana do dia 12/02/2010 fomos visitar o nossos queridos Cibele e Rodrigo em Bruxelas. Chegamos já tarde da noite e nevava, estava fazendo mais ou menos -4 graus.

Fomos direto para casa deles, conversamos, matamos a saudade, comemos e fomos dormir. Ah, claro que rolou aquela cervejinha Belga que é 10! 

Então dia 13/02, acordamos, fomos tomar café e olha que chique esse pessoal de Bruxelas...Menu de café!


Muito legal né?! Tomamos um café bem reforçado e rumo a conhecer Bruxelas!

A Bélgica é um país onde se falam duas línguas, o francês e o holandês. Isso porque o sul da Bélgica fica perto da França e o norte fica perto da Holanda e sendo assim até as cidades são parecidas com os respectivos países.

Como Bruxelas é a capital da Bélgica e fica no centro do país, se fala as duas línguas e até as placas das ruas são assim...


Mesmo com todo aquele frio, nós estávamos bem empolgados para conhecer a cidade.


Quem está com a mão mais gelada???


A Bélgica é famosa também pelos chocolates, tem lojas que mais parecem lojas de jóias que de chocolates de tão chiques que são. Essa é uma rua que tem várias dessas lojas.


Olha isso!!!Coisa linda!

~

Esta é parte de uma muralha.


Os cartoons são muito apreciados pelos belgas, tanto que nas ruas a gente os encontra desenhados pelas paredes, assim como lojas que vendem miniaturas dos personagens.



Olha o Tintin na parede! O Tintin é um desenho que foi criado na Bélgica e é famoso no mundo inteiro!


A Cibele e o Rodrigo nos apresentando um dos bares da cidade, que antigamente era onde os cervejeiros iam para votar qual era a melhor cerveja. Segundo a Cibele e o Rodrigo, em algumas mesas tem escrito que era ali que o cervejeiro Fulano de Tal sentava.


Um dos símbolos de Bruxelas é o Menino Mijão (Manneken Pis), uma fonte com uma estátua de bronze de um menino mijando.


Coitado do Menino Mijão....ficou feio!!! Ele estava vestido assim para a comemoração do ano novo chinês! Essa pequena estátua (bem pequena mesmo, alguns turistas vão pra Bruxelas esperando ver uma estátua bem maior e se decepcionam...) tem um guarda-roupa com mais de cem fantasias.


O Rodrigo que não gosta dele e com razão. Aquele bonequinho minúsculo fazendo xixi ser o símbolo de Bruxelas... Era só o que faltava!

Nem se sabe ao certo o motivo dessa estátua, e existem várias histórias tentando explicar isso... Também, inventar uma história com um guri fazendo xixi não deve ser difícil...

Menos conhecida é a mana do mijão, a menina mijona.


Bem mais bonitinha...

Felizmente, nós soubemos aproveitar bem a Bélgica e não demos tanto valor ao mijãozinho... Encontramos outras coisas bem mais interessantes.



Esses são os Gaufre (ou Wafel , em holandês). O Nino e a Cibele estão comendo o Gaufre de Bruxelas (retangular e com a massa mais fina), a Faeca está comendo o Gaufre de Liège (que é mais massudo). Os recheios são vários, à escolha.

Depois de posar pra foto, todo mundo se atracando!


Continuando o nosso passeio, visitamos a praça central de Bruxelas, a Grand Place


Vários prédios da praça eram de diferentes grupos de artesãos, e cada grupo tentava construir uma sede mais bonita para se "exibir" para os outros grupos. Assim a praça hoje tem vários prédios lindos. O prédio central da foto acima é, por exemplo, de um grupo de cervejeiros.

Na mesma praça fica o prédio da prefeitura da cidade.


Lendas dizem que o arquiteto que projetou esse prédio, ao perceber que a torre não ficava no centro, suicidou-se pulando de cima da tal torre. Cada uma... Mas parece que a lenda não é verdadeira e que o prédio é assim porque as autoridades da cidade quiseram preservar a rua que passa ao lado.

Depois visitamos as galerias Saint Hupert.



Lá tem lojas lindas!


Olhem esse parque, que bonito:



Ao seu redor tem várias estátuas de diferentes grupos de artesãos de Bruxelas (incluindo, é claro, o mestre cervejeiro!). Aquele chafariz com uma estátua estava congelado! Olhem que engraçado:


Mas uma coisa que gostamos muito de fazer em Bruxelas foi conhecer as diversas cervejas disponíveis aqui. A Bélgica tem mais de 1500 cervejas! O primeiro bar que fomos conhecer foi o Delirium Tremens. Na verdade esse é o nome de um distúrbio relacionado à abstinência do álcool (que belo nome para um bar!).


O Delirium Tremens está no livro dos récordes como o bar que oferece o maior número de cervejas. O seu cardápio tem 2400 opções!


Eles nem sempre têm todas elas disponíveis, mas garantem sempre pelo menos 2004 tipos de cerveja à disposição do cliente. Destas, umas 800 são belgas e 2 são brasileiras (Xingu e um tal de Samba do Brasil).


Bem legal, né? Esse monte de coisas redondas no teto são bandejas de marcas de cervejas. Esse bar é bem turístico, principalmente por sua menção no livro Guiness.

Em geral, cada cerveja possui um copo próprio. Então sempre, na medida do possível, tu pede a cerveja e ela vem servida em seu devido copo e com a garrafinha do lado. Nem sempre eles têm o copo da tal cerveja, se não tiverem, usam de algum outra parecida.


Tem copo gordo, nanico, comprido, baixote, fininho... Tem de tudo! A Cibele e o Rodrigo já têm alguns copos bem legais no armário.

Olha o garçom trazendo o pedido!


Uma cerveja pra cada um! As garrafas não são grandes aqui, são porções individuais. É que como tem muitas opções, num grupo de amigos normalmente cada um tem a sua preferência, então cada um pede um tipo diferente. O teor alcoólico das cervejas é bem variado. A que a Faeca pediu tem teor 3,5% (uma cerveja brasileira tem uns 4,5%) e se chama Grisette Fruits des Bois. É uma cerveja de frutas do bosque. Huuumn.


O Nino pediu uma Kwak. Ela é uma cerveja de gosto mais forte e teor alcoólico 8,4%. Olhem que curioso o copo dela:


Bem diferente! Diz a lenda (lá vem a lenda de novo!) que o copo é assim pras pessoas poderem tomar a cerveja andando a cavalo. O formato do copo evitaria que a cerveja derramasse com o trote do cavalo. O suporte de madeira seria pra criatura não esquentar a cerveja segurando pelo copo... E também porque o copo é redondo embaixo e não pára em pé!

A propósito, as cervejas aqui se tomam frias, mas não excessivamente geladas como no Brasil. Também, se tu gelar tanto a cerveja, ela perde um pouco o gosto.


E as cervejas aqui são bem diferentes uma da outra. A que a Faeca pediu é mais docinha, feita a base de frutas. Tem outras mais fortes, vermelhas, escuras, de trigo, de cevada, com especiarias junto e por aí vai... Só nós dois tomamos 15 diferentes tipos de cerveja (fora os goles que tomamos das cervejas da Cibele e do Rodrigo). Fizemos uma montagem com os rótulos dessas 15 cervejas.



No mesmo dia, de tardezinha, visitamos outro bar de Bruxelas: o Moeder Lambic.


Esse bar é menos turístico que o Delirium Tremens e mais frequentado pelos belgas. Não tem tantas cervejas também, mas tem mais cervejas artesanais do que grandes marcas. Pedimos de novo cada um uma cerveja e ainda um queijinho pra acompanhar.


Aqueles grãozinhos junto do queijo é cevada tostada. Uma delícia para companhar a cerveja. A Faeca seguiu na linha da Grisette, dessa vez de maçã. O Nino resolveu experimentar uma mais escura, a De Ranke Noir.



Uma coisa interessante desse bar é o atendimento. Tu diz que tipo de cerveja que tu gosta e o garçom tenta arranjar uma opção pra ti, com pequenos "incrementos". Aí ele explica as peculiaridades da cerveja que ele sugeriu, como "um aroma que lembra flores" e coisas assim... Parece até um enólogo falando de vinho!



A porpósito, a cultura da cerveja na Bélgica é como a cultura do vinho na Itália e na França. Antigamente os mosteiros de padres produziam artesanalmente tanto vinho como cerveja. Aí o Vaticano disse que tinha que parar com essa folia e que os mosteiros tinham que escolher entre vinho e cerveja. Alguns padres, como os belgas, opataram por se dedicar às cervejas. Outros, como os italianos, se dedicaram aos vinhos. Por isso várias cervejas belgas são (ou eram) provindas de mosteiros. 

Hoje existem três mosteiros que continuam fabricando cerveja de modo artesanal. Um deles teve considerada a sua cerveja como a melhor do mundo! Mesmo assim os padres se recusaram a aumentar a produção e virarem "empresários" do ramo. Continuaram com uma produção mensal pequena e vendendo a preço baixo, mas controlando quem comprava. Existe um número limitado por mês de cervejas por placa de carro de comprador. Os monges estão sempre pesquisando pra ver se tem alguém revendendo, porque eles fazem a pessoa prometer que não vai revender.

O único bar que tem permissão de vender a cerveja deles fica na frente do mosteiro e é uma boa pra quem não conseguiu comprar dos padres. Mas, nesse caso, tu tem que tomar a cerveja dentro do bar!

Bom, depois de beber bastante e quase congelar no caminho pra casa, a festa continuou. Fizemos uma bela janta, tomamos mais cervejas e jogamos bastante do video game do Rodrigo e da Cibele. Jogamos Wii, um video game que tem um jogo de banda de rock: um pega uma guitarra, o outro senta nas baterias e o outro vai pro microfone e tentamos tocar uma música seguindo as instruções que aparecem na TV. Adoramos! (faltou bater uma foto)

No dia seguinte passeamos pela cidade de Bruges, que vamos contar no outro post.

Um comentário:

  1. Bah, que legal que deve ter sido essa viagem, hein? he he he
    Vai ver que eu nao me lembro por causa da quantidade de bares que visitamos em tao pouco tempo :o)
    Falando serio agora, foi uma delicia de fim de semana; foi muito gostoso mostrarmos um pouco da nossa cidade e dos lugares que gostamos. Tentamos curtir ao maximo o que Bruxelas tem a oferecer, minimizando as coisas menos legais (assim como voces tambem fazem em Roma, aposto).
    Estamos torcendo para que essa visita tenha sido a primeira de muitas!!
    Saudades de voces.
    Beijos,
    Rodrigo e Cibele

    ResponderExcluir