quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lazio - o último dia de viagem

Depois de nos aventurarmos pelas montanhas, de visitarmos grutas e de passearmos à beira-mar, seguimos o nosso rumo em direção a Sabaudia. Sabaudia na verdade é uma cidade sem muitas coisas interessantes, fora o fato de ser lá onde íamos dormir na última noite. Reservamos um bed and breakfast que ficava em uma casinha de família, com uma pinta de agriturismo.

Chegamos fácil até a cidade de Sabaudia, mas de lá não tinha jeito de sabermos pra que lado ir... Mas depois de dar umas voltas e de nos enfiar por ruas em meio a um parque nacional, descobrimos pra que lado ir. É, uma das atrações da região é o Parco Nazionale del Circeo. Demoramos tanto pra achar a casinha que não deu pra conhecer o parque. Mas estávamos cansados mesmo...

O lugar onde ficamos se chama Bed and Breakfast Flora. É um par de casinhas num lugar bem bonito e aconchegante. Tivemos alguns problemas com a calefação, mas na verdade a hospedagem é mais voltada para períodos mais quentes do ano. Mas o importante é que não passamos frio, e ainda nos divertimos com os gatinhos da casa.

No mesmo dia, antes da noite cair, bem que tentamos explorar um pouco a área e conhecer algumas atrações à beira do Lago di Paola que tinha ali perto. A primeira que escolhemos foi a Villa di Domiziano. Fomos seguindo as placas até uma placa apontar pra uma saída da estrada por uma ruazinha bem pequena. Entramos na ruazinha até que logo ela se tornou uma estrada de chão. Iiiih... Continuamos. Depois de andar alguns minutos chegamos! É, chegamos no fim da rua, um portão dizendo "propriedade particular".

A segunda atração (leia-se decepção) da lagoa não fio diferente. No meio do caminho a estrada virava uma estreita ruazinha pelo meio do mato. Nada disso, vamos embora!

Então acabamos passeando mais de carro, olhando a praia e os lagos ali perto, assim como a vegetação do parque nacional. De noite comemos fomos numa pizzaria e, assistindo TV lá, reconhecemos um lugar no noticiário: Sperlonga, a cidade onde tínhamos visto um monte de câmeras! E não tinha ninguém famoso visitando a cidade. A reportagem dizia que Sperlonga havia tido muitos ganhadores na loto, desde pequenos a grandes somas. Aí os repórteres andavam pelo centro histórico procurando os felizardos.

No dia seguinte pegamos a estrada para Sermoneta, uma daquelas vilinhas medievais italianas que ficam em cima de montanhas. Melhor ainda, essa fica praticamente em um penhasco!


Chegamos na cidade em cima da hora pra visita guiada ao Castello Caetani, que recebeu o nome de uma das família que governaram a cidade. Subimos pelos bequinhos e escadarias com passo apressado e quase resvalando nas pedras molhadas. E felizmente chegamos bem a tempo para a visita que, a propósito, foi uma visita guiada só pra nós dois.

Começamos visitando por dentro do castelo, onde foram mantidos móveis originais.



O móvel acima tem os símbolos da família Caetani e da família Gaetani (que se uniram). Numa sala mais adiante há um conjunto de pinturas, cada uma simbolizando uma das consideradas principais virtudes do ser humano. Uma delas já se apagou: a esperança. Não deveria ser a última que morre?




Depois fomos em direção à parte do castelo onde ficavam os cavalos. No caminho uma escadaria com degraus longos de um lado (para os cavalos) e com degraus curtos do outro (para os cavaleiros):




O teto do estábulo era feito principalmente de palha, de modo que a temperatura fosse praticamente a mesma em todas as épocas do ano:




Essa era a vista do pátio interno do castelo (estava ventando um monte):




Um dos quartos:




Depois subimos em uma das torres e vimos o lugar onde fica boa parte das defesas do castelo. Os arqueiros ficam nessas janelinhas pequenas e um vigia fica naquela casinha ao fundo, onde tinha um sino para fazer o aviso:




O campo de visão de lá de cima era realmente bem grande.




Depois fizemos o percurso da ronda, por corredores estreitos onde tinham várias janelinhas para arqueiros:




Depois de fazermos a ronda, saímos pela ponte elevadiça (que ventania!):




Depois do tour, passeamos um pouco pela cidade. Uma vilinha muito bonitinha...












Depois de conhecer Sermoneta, seguimos viagem ao nosso último destino. os Jardins de Ninfa. Ninfa era uma próspera cidade, mas que foi invadida, saqueada e destruída. Por causa da disseminação da malária na região, a cidade não foi reconstruída.


Mais adiante a família Caetani (a mesma do castelo) resolveu criar um jardim no local da cidade. Abandonado e retomado, o jardim teve quatro pessoas em épocas diferentes dando o seu estilo à paisagem. A última herdeira da família Caetani criou uma fundação que até hoje toma conta do castelo e do jardim.


Resumindo, o lugar que visitamos é um jardim construído sobre as ruínas de uma cidade, com estilo de jardim inglês misturado a uma grande diversidade de plantas, de várias partes do mundo. Assim como no castelo, a visita é guiada e dura uma hora.











O jardim tem tanto partes abertas e elegantes, como partes mais fechadas.










Tem riacho, pontes e muralhas:








A cada época do ano o jardim é completamente diferentes, com diversas cores e diversos tipos de flores, de acordo com a estação.










Essa árvore é japonesa:




Parece um bonsai gigante! Adoramos esse tipo de passeio, o jardim realmente é lindo!










Bom, depois de visitar o belo jardim, era hora de voltar pra casa. Pegamos bastante chuva no caminho, mas correu tudo bem. Entregamos o carro (com o tanque em 3/4, como estava quando pegamos) e voltamos à nossa casinha e à nossa vidinha. Até!

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