Para quem não está sabendo, a Faeca anda com um problema de pele já faz um tempo. Em algumas situações o rosto fica vermelho, parece que está tendo uma crise alérgica. Isso começou por volta de fevereiro. Desaparecia por um tempo e voltava. Já havíamos consultado um médico aqui, mas que não inspirou muita confiança.
Esses dias o problema voltou, depois de um tempo de sumiço. Fomos então na nossa médica de família. É, nós temos um médico de família, pois usamos o sistema de saúde do governo italiano. As consultas, em geral, são de graça. A médica nos aconselhou ir no IDI, um instituto especializado em dermatologia.
Bem, mas como o nosso plano de saúde é o SUS italiano, é necessário estar lá por volta das 7:00 (da manhã) para conseguir uma fichinha e ser atendido. E é claro que o tal IDI não fica perto de casa. Aí começa a nossa pequena aventura.
Nessa última sexta-feira acordamos às 4 da madruga pra sair de casa às 5. É interessante que a essas horas da madrugada o ônibus ficou quase lotado. Deve haver muitas pessoas que todo santo dia pegam ônibus super cedo pra ir pro trabalho. O trajeto todo foi feito à luz do luar.
Depois do ônibus pegamos o metrô. Saindo do metrô, enquanto consultávamos um mapa, uma senhora nos pediu ajuda, pois não conseguia comprar bilhetes na máquina automática. Era uma estrangeira, que arranhava algumas palavras em italiano. E dentre as poucas palavras delas saiu um "sciopero". Aiaiai... Temida palavra. Sciopero significa greve. E em Roma se não se especifica de que coisa é a greve, é porque é de transporte público. Aqui é comum ônibus e metrô pararem por algumas horas.
Felizmente só faltava caminhar para chegarmos ao nosso destino. O problema seria depois voltar pra casa.
Caminhamos então pelas ruas escuras e desertas até chegar no IDI.
Chegamos antes do previsto, acho que umas 6:30. Pegamos a ficha de número 50! E olha que fomos informados que os números começariam a ser distribuídos às 6:30...
Fomos atendidos pra acertar a papelada (e pagar: como o IDI é chique, tivemos que pagar). Como não tínhamos preferência por médico, não demoramos pra ser atendidos. Mais ou menos a essa hora o sol estava nascendo.
O médico se mostrou bastante competente. O diagnóstico foi de rosácea, uma doença que não se cura, se evita. Em geral a causa é emocional. Comidas fortes, bebidas alcoólicas e temperaturas extremas são fatores agravantes. Ele receitou cremes, sabonete líquido e um remédio pra tomar. Deixou telefone e se pôs à disposição.
Felizmente a greve não era certa e não teve adesão. Chegamos bem em casa e loucos de sono. Primeiro descansamos e depois tratamos de almoçar...
Estamos seguindo o tratamento e esperamos que dê tudo certo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário