sexta-feira, 16 de março de 2012

Marostica e Valdastico com Adriano

Vamos continuar falando do nosso passeio pelo norte da Itália com o Adriano (Nóig) Agostini. Quem quiser ver o passeio do começo, clique aqui.

Depois de conhecermos Bassano del Grappa, pegamos a estrada para Thiene, onde ficava o nosso hotel. Já era escuro quando passamos por uma cidadezinha chamada Marostica, que nos pareceu interessante e resolvemos parar de improviso. Estacionamos no lado de fora da muralha e demos uma explorada rapidinha.



Logo ao entrar já encontramos o castelo da cidade, na praça central:


E lá no fundo, em cima de uma montanha, a gente enxergava a continuação da muralha e o que parecia outro castelo. Pena que como era de noite as fotos não ficaram muito boas...


Bem, a visita a Marostica foi rápida. E logo chegamos em Thiene. No hotel fomos muito bem recebidos e antes mesmo de irmos pro quarto nos ofereceram um prosecco. Prosecco é um tipo de vinho típico da região do Veneto, bastante conhecido pelo espumante prosecco (que foi o que nos ofereceram).


Essa noite a gente jantou no quarto. Antes de ir pro hotel a gente tinha passado no mercado e comprado uns pães, queijos, azeitonas e, é claro... Um espumante bem docinho. A gente quase que tinha comprado um prosecco, só pra experimentar. Que bom que no final acabamos experimentando igual...

O hotel era muito bom. O café da manhã tava bem gostoso:


Logo pegamos a estrada para Valdastico, o destino do nosso terceiro dia. O caminho para Valdastico estava lindo, com as montanhas nevadas:


Nossa, essas montanhas pareciam uns Pandoros, cheios de açúcar. O Pandoro é um bolo natalino do norte da Itália, inspirado justamente nos alpes nevados.


Ai, tem até os gominhos iguais ao Pandoro... Deu até fome!


Nem precisamos subir muito os montes pra chegar em Valdastico. O nome da cidade é por se situar no vale do rio Astico.

O motivo da nossa ida a essa cidadezinha desconhecida é porque o Nóig quis aproveitar a viagem dele à Itália pra pesquisar sobre os antepassados. Ele já tinha feito várias pesquisas sobre a família dele e já conhecia o pároco da cidade por correspondência e telefone. Mas essa foi a primeira vez que visitou a cidade.

Tínhamos um encontro marcado com o padre na igreja da fração de Forni de Valdastico. O combinado é que passaríamos o dia analisando registros antigos (tanto religiosos quanto civis), procurando parentes do Adriano. E não foi diferente.

Eis uma foto da igreja, que tiramos já no fim do dia, quando estávamos indo embora:


Fomos bem recebidos na igreja e eles foram muito atenciosos com a gente. Eram dois padres e um ajudante (o Gigio), que nos receberam e nos orientaram com os registros.


O Gigio ficou o tempo todo com a gente, sempre disponível e puxando conversa. Bem simpático. Sempre que o Adriano achava alguma coisa relativa a um parente, chamava o Gigio e explicava, e ele  respondia: "Mamma mia!". O "Mamma mia!" virou o nosso jargão da viagem.

Ficamos o dia inteiro colhendo informações, só com uma pequena pausa pro almoço (e para tirar fotos no cemitério). Pobre do Gigio, teve que ficar o tempo todo nos auxiliando, ouvindo as nossas descobertas e falando "Mamma mia!".

Até a esposa e os filhos do Gigio apareceram uma hora pra dar um oi. Ele pediu pra ela servir um café e logo apareceu ela com café, grappa (pra dar um gostinho no café)  e biscoitos. Ficaram um tempo conversando enquanto descansávamos um pouco da pesquisa. Eles falavam em dialeto entre si, a não ser quando tinha a ver com a gente. E não dava pra entender o que falavam, de tão diferente que é...

De tarde apareceu de novo a esposa do Gigio oferecendo café mais uma vez. Não, muito obrigado. Já demos serviço por demais! No fim do dia apareceram de novo os dois padres e nós demos por encerrado o trabalho, agradecendo a todos pela disponibilidade. Já tava na hora de pegar a estrada...



Pegamos a estrada para Rovereto, onde era o nosso próximo pouso. Pra chegar lá precisamos subir essas montanhas que tem no fundo dessa última foto. Segundo o pessoal de Valdastico, são pré-alpes, isto é, não são tão altas como os alpes.

Quando começamos a subir já tava escuro. E logo começaram a aparecer as placas dizendo da obrigatoriedade de uso de correntes nos pneus. Nessa época do ano costuma nevar bastante por aqui, e só com corrente pro carro não derrapar na neve ou no gelo.

O coitado do nosso carrinho, claro, não tinha as correntes, e nem pneu apropriado pra neve. Mas tudo bem, continuamos subindo. E era cada curvinha, e quanto mais a gente subia, mais neve no canto da estrada a gente enxergava. Até que chegou um momento que era alto de neve por todos os lados, menos na estrada em que a gente subia.

Fomos subindo bem devagarinho, bem atentos e bem tensos. Era subida que não terminava mais, subida e curva fechada. O GPS indicava que faltava meia hora pro destino. Mas como a gente tava indo devagar, ele nunca saía da tal meia hora!

Até que finalmente acabaram-se as subidas! Ebaaaaa. E começamos a descer tudo de volta! É que precisávamos atravessar a tal montanha pra chegar em Rovereto. Então dê-lhe descer, com a mesma calma da subida.

Felizmente deu tudo certo e chegamos bem no hotel de Rovereto. Que alívio! E que cansaço. Bem, vamos descansar para o próximo post, que você pode conferir aqui. Até lá!

2 comentários:

  1. Acho que meus agradecimentos pela acolhida e companhia no passeio nunca serão suficientes, mas... novamente, obrigado, foi muito divertido e prazeroso passar este tempo aí com vocês. Estou adorando os posts!

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  2. Olá,
    Me chamo Renate Pierotto e encontrei o seu post pois estou em busca de informações a respeito da minha família de origem Italiana.
    Há sinais de que o meu tataravô faleceu na cidade de Valdástico e fiquei bastante interessada em saber mais informações sobre a sua procura lá.
    Voce poderia me auxiliar? A busca tem sido bastante vasta e qualquer boa dica já é de grande valia!

    Meu email para contato é renatepierotto@gmail.com

    Muito obrigada desde já.
    Renate Pierotto

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